A banda larga vai deixar de ser um diferencial para se tornar um serviço “invisível” aos assinantes, que só lembram do provedor em caso de falha na conexão. Diante desse cenário, os ISP buscam agregar valor às suas ofertas por meio de Serviços de Valor Adicionado (SVA) que realmente atendem às necessidades dos clientes, e não apenas como uma estratégia tributária, segundo informações do Fórum de Operadoras Inovadoras, que aconteceu nos dias 18 e 19 de março, em São Paulo.
Especialistas reforçaram que para a maturidade do setor, exige inovação. O diretor de Mercado da Unifique, Jair Francisco, destacou que “o cliente está interessado no que vai consumir usando a rede”. Já o vice-presidente de Negócios da Algar Telecom, Márcio de Jesus, defendeu que os ISP devem ser lembrados como integradores de serviços, e não apenas quando há problemas na conexão.
O diretor de Vendas e Marketing da Vero, José Carlos Rocha, ressaltou que a empresa aposta em personalização e parcerias estratégicas para oferecer um portfólio completo e agregar valor real ao cliente. “O efeito tributário já passou. O consumidor quer soluções vantajosas em um único lugar”, afirmou.
Segundo Rafael Pellon, do Mobile Ecosystem Forum (MEF). Com bases menores e atuação regionalizada, os provedores conseguem identificar melhor as preferências dos clientes e oferecer serviços mais personalizados. Pellon também destacou que serviços premium, como pacotes esportivos, têm maior adesão quando vendidos pelos ISP em vez de forma avulsa. Além disso, há oportunidades pouco exploradas no Brasil, como telemedicina, microcrédito e seguros.
O desafio dos Provedores agora é claro: expandir seus serviços e criar diferenciais que os mantenham relevantes em um mercado onde a conectividade, por si só, já não basta.